terça-feira, 9 de março de 2010

Oi! Eu sou a Paloma!

Meu nome é Paloma, também conhecida como Mamãe do Rafael há uns quase 3 anos e Mamãe da Catarina há um ano já! Ah, no fórum eu sou conhecida como Strela, um apelido do meu apelido Strelazul.

Eu sou a maluca do parto domiciliar. Pronto, resumi.

Mas pra quem não conhece a história, vou contar a versão do diretor:
(Relato de parto escrito no dia 11/03/2009)

Catarina e o sonho de um HBAC
Amarelei. Arreguei. Pedi analgesia. Pedi cesárea. Chamei pela minha mãe. Falei que não queria mais brincar disso. Tava doeeeeendo!!



Mas ao mesmo tempo eu repetia como um mantra: Eu vou conseguir... Eu vou conseguir. Eu VOU conseguir! Eu VOU CONSEGUIR! EU CONSIGO!! Fechava os olhos e lembrava de todos que me apoiaram. E de todos que, mesmo secretamente, torciam contra mim. Abria os olhos e via diante de mim três anjos que me falavam como eu estava indo bem, que faltava pouco, que agora estava cada vez mais perto, que eu era forte, que eu era guerreira.


Guerreira? Eu me sentia uma farsa, uma traidora... Porque estavam todos ali me apoiando e eu pensando em como eu ia pedir para o Dr. Fred, assim que ele chegasse, pra me levar pro hospital e terminar com tudo. Mas isso eu não falei. E me apoiava nessas pessoas que, naquele momento eram toda a força que eu tinha. Allan, Clarissa e Rafaela. Se não fossem vocês eu não tinha conseguido. E eu dedico esse relato a vocês.


Tudo começou às 03:30 da madrugada do dia 10. Contrações espaçadas, com um intervalo médio de 30 min, pouco doloridas. Levantei. Comi um sanduíche. Tomei suco. Pensando bem... Tudo começou às 17:30 do dia 09, quando a Rafaela, no consultório, espetou umas agulhas para começar a indução. Eu tinha completado 40 semanas na véspera, e agora o tempo estava contra mim. Com uma cesárea prévia recente, de 20 meses, estava fora de questão ser induzida com soro. Ou eu entrava em trabalho de parto, ou eu entrava. Saí do consultório normal. Não senti nada de diferente. Mas de madrugada a coisa começou a acontecer.


Às 05:30 consegui me deitar novamente e cochilei entre as contrações por mais umas 2 horinhas. Allan foi levar o Rafa pra creche e voltou. Falei pra ele não ir trabalhar e ficar comigo. Ele ficou. Às 09:00 liguei pra Clarissa, as contrações estavam irregulares, começando a ficar doloridas, mas variavam desde 20 minutos entre uma e outra até 4 minutos entre elas!! Ela pediu pra eu anotar todas e me ligou às 10:00.
Os intervalos maiores tinham baixado pra 10 minutos, mas ainda estavam irregulares. Eu tinha consulta com o Dr. Fred às 11:30, então combinamos que eu ligaria após a consulta e ela viria aqui pra casa ficar comigo. Tomei um copo de suco antes de sair de casa.



Na sala de espera do consultório tive umas 3 ou 4 contrações das boas, ele atrasou um pouco pra me atender e só entrei meio-dia. Entre uma contração e outra fomos conversando. Só de olhar ele já disse: é, são contrações mesmo. Fui fazer o toque. Ele esperou uma contração passar e fez. Surpresa!! Colo do útero centralizado, longo, sem dilatação!! Como assim?? Mas como eu estava tendo contrações, a perspectiva é que eu começasse a dilatar em breve. A essa altura, estavam mais regulares, de 8 em 8 minutos. E o Dr. Fred falou que eu DEVERIA estar com pelo menos uns 3 cm. Combinamos então que ele viria aqui em casa às 16:00 para me reavaliar.


Fui pra casa, cochilando entre uma contração e outra no carro. Liguei pra Rafaela e combinei dela ir lá em casa, eu tinha uma consulta com ela pra induzir às 14:00 e resolvemos mudar os planos, ela ia dar uma aliviada na dor com as agulhas. Chegamos e a Clarissa já estava esperando. Foi um alívio vê-la, pois eu estava desnorteada com a falta de dilatação. Assim que entramos, me deu uma ânsia de vômito e lá se foi o suco e o sanduíche da madrugada. Allan almoçou, mas eu não conseguia nem olhar pra comida. Tive também um pouco de diarréia.


Fui pro chuveiro, na banqueta de parto. A água morninha aliviou um pouco a dor. Depois me deitei. A Rafaela chegou e começou a me espetar. Não sei dizer se ajudou ou não. Depois fui pra sala, ficar um pouco na bola. A cada contração eu ouvia a Clarissa falando pra eu não lutar contra a contração, pra eu deixar ela vir. Às vezes dava um desespero, eu esquecia de respirar. Fundamental ela estar lá pra me lembrar do que fazer e do que não fazer. Eu tinha que relaxar, saber que a contração tinha um pico de dor, e que a dor diminuía e depois dava tempo até de descansar para a próxima.
Teve um momento que ela me garantiu que a dor não seria maior que aquela. Era tipo uma dor de cólica menstrual, realmente era suportável. Perguntei incrédula: “Não vai aumentar a intensidade?” E ela: “Não. Só vai ficar mais freqüente.” Eu repeti tentando internalizar a informação: “Mesma dor. Mais vezes. Acho que agüento.”


Mas dá um desespero quando aumenta a freqüência. E eu não sei dizer se foram horas ou minutos daquele jeito. Pedi para deitar de novo. Me avisaram que deitada a dor piora, mas eu não queria saber, estava cansada. Meu corpo todo tremia. Combinamos que eu deitaria por 10 minutos e depois voltaria a caminhar na sala, sentar na bola, fazer os exercícios pra facilitar. Rá!! Não fiz nada disso. Deitei, e 10 minutos depois elas falaram pra irmos para a sala, caminhar. Eu não quis. Pra ir pra bola. Eu não quis. Pra ir pro chuveiro. Opa! Chuveiro. Em algum ponto da minha consciência lembrei que chuveiro era bom. Falei: “Chuveiro. Chuveiro é bom.” E levantei cambaleando para ir pro chuveiro. Que horas eram? Há quanto tempo eu estava ali? Não fazia a menor idéia. Um pensamento fixo: Chuveiro é bom.


Sentei no vaso antes, fazer xixi. E saiu o tampão. Sei que ligaram pro Dr. Fred nessa hora. Falaram que ele estava vindo. Sentei na banqueta de parto, debaixo do chuveiro. E, umas poucas contrações depois senti uma coisa estranha... “Clarissa!! Estou com vontade de fazer força!!” Acho que assustei todo mundo na hora. “Vamos sair do chuveiro então.” “Daqui eu não saio! Quero fazer força agora!” “Então faz.” E a consciência voltou por um intervalo curto. E vi Allan agachado na minha frente, me segurando as mãos. E eu disse: “Mas o Dr. Fred ainda não chegou.” Como é que eu ia fazer força se ele não estava lá, pensei. “Estou com medo.” “Não precisa ter medo. Ele já está chegando.” Foi a minha passagem de ida.


Fiz uma força comprida. Dilatação? Nem sei o que é isso... Lembram? Quatro horas antes estava com 0 de dilatação e agora com essa vontade louca de fazer força? Escutei um “pop”.
Ninguém lembrou que Allan queria cortar o cordão, nem mesmo ele! Estava tudo bem com ela e comigo. Ele examinou o períneo, uma laceração de segundo grau, 4 pontos. Menos que uma episio! Rá!



Peso? Uns 3,200, chutado. Altura? Medimos hoje de manhã com uma fita métrica... 49 cm. APGAR? 10 aos 5 minutos (o Dr. Fred disse hoje de manhã... Ele voltou aqui para nos ver.) Dores? Pra sentar, um pouco... Os pontos beliscam. Dor nas costas, nas pernas, típicas de esforço físico, especialmente pra quem é sedentária. Tomei banho sozinha hoje de manhã. Consigo andar, sentar, levantar, deitar... Tudo meio dolorido, o útero está contraindo e dói também. E isso são as primeiras 24 horas.


Minha princesa nasceu bem, com dez dedinhos nas mãos, dez dedinhos nos pés, na casa dela. Não foi pra berçário, UTI, incubadora. Veio para os meus braços. Não pingaram nitrato de prata nos seus olhos. Não deram injeção de vitamina K. Muito menos soro glicosado ou leite artificial. Tem um pulmão fortíssimo, chora bem alto. Tem uma pegada no peito que só lembro do Rafa com três meses pegando parecido. Suga forte. Meu colostro desceu hoje e o leite deve estar a caminho.


Estou feliz! Demorei para dormir ontem pela euforia que tomava conta da minha mente, apesar do corpo cansado. Minha mãe (que chegou depois de tudo terminado, ela foi buscar o Rafa na creche para nós) olhou para mim, num momento que ficamos a sós e me disse: “Eu achei que você não ia conseguir.” Com um sorriso no olhar como que dizendo o quanto ela estava feliz por mim. Eu respondi: “Eu também achei que não.”
Hoje, um ano depois, tenho tanto a agradecer. E as amigas que fiz no e-family, que se tornaram uma família para mim, uma ajudando a outra nas dúvidas, incertezas e ansiedades, fica o meu sincero obrigado por vocês existirem e me aturarem.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Eu sou Elaine ( Lananny)

Meu nome é Elaine Cristina,no forum sou a Lananny,mue apelido é nanny e tem uma amiga minhae me chama de lalá daí eu misturei,enfim,sou Téc de Enfermagem e o setor que trabalho é o berçario.Sou uma pessoa feliz,mas tenho minhas neuras também,me cho uma pessoa muito indecisa,tenho dificuldade em resolver certas coisas,sou ciumenta mas sem exageros....Mas com certeza sou uma boa amiga....
Quando fiz 20 anos decidi que seria mãe aos 27 e engravidei mesmo do meu namorado (faz 7 anos que estamos juntos,mas não moramos na mesma casa),no mês de julho 2007 descobri que estava grávida,tive também uma infecção urinária muito forte,fiquei com muito medo...no mês de setembro 2007 tive um sangramento e quando fiz a ultrasom não tinha batimentos cardíacos e foi preciso fazer uma curetagem,quase fico louca mas graças aDeus me recuperei...e exatamente 1 ano depois  a mesntruação atrasou e fiz o teste,nunca fiquei tão feliz em ver duas listrinhas rosas....no dia dos pais dei de presente pra ele o exame,ele ficou muito feliz,não contei pra ninguem pq fiquei com medo de perder de novo,só com 3 meses que não tinha como esconder...foi uma gestação muito trannquila e eu fiquei linda modestia parte.
no dia 22 de março eu tava completando 37 semanas,acoredei a bolsa estourou e minha vida começou as 13horas em ponto daquele domingo lindo!!!!
Riane é uma menina muito ativa,não para quieta,tambem e bem brabinha kkk dá pra perceber que vai ter um genio forte,minha filha é tudo pra mim,agente dormi juntinho ,é tão gostoso ouvir ela dizer mamãe!Sem palavras pra esse amor que é muito grande e intenso!
Eu já conhecia o E-familynet,até que um dia fuçando o site achei as mães de março e fui muito bem recebida,se deixar passo o dia interio no computador conversando com essas amigas maravilhosas que conheci pena que moro tão longe...
As mães de março são além de amigas,minha familia...
Amo todas vcs...

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Eu sou a Marla


Hã? Quem sou eu? Ops, desculpa, é que sou um pouquinho desligada.Eu ainda estou em busca de saber quem sou. Às vezes me sinto racional, às vezes emocional. Sou arrojada e destemida, e contraditoriamente medrosa. Sou completamente indisciplinada e sempre chego atrasada nos meus compromissos. Minha vida era conduzida pelo vento; sempre dizia que eu não era árvore, por isso não tinha raízes. E o vento me levou para várias cidades, para vários empregos e para minhas profissões, administradora e fisioterapeuta, tudo “praticamente por acaso”. Tenho 36 anos, mas ainda não acreditei nisso.

Eu queria ser Pediatra, acho que por idolatrar o meu. Até um certo ponto da vida eu gostava de crianças, depois comecei a adorar as crianças japonesas (porque estavam lá no Japão rsrsrsrsr).

O pensamento de ser mãe nem de longe passava pela minha cabeça, até que os anos de relacionamento com o marido, o instinto, a vida a minha volta, tudo, foi aos poucos manifestando a vontade de engravidar.

Durante esse processo todo do pensar e decidir engravidar a minha maior preocupação não era com noites em claro, fraldas pra trocar, peito caído ou barriga mole. Era, pura e simplesmente, saber se eu poderia continuar usando minissaia. Sim, isso mesmo. Sempre que eu ouvia ou falava a palavra mãe vinha junto a palavra senhora; e senhora não combinava com minissaia.



Quando tínhamos decidido que aquele seria o momento, tivemos que adiar por quase dois anos. E assim o tempo foi passando e os temidos 35 anos chegando. Em setembro de 2007, durante nossa viagem de férias, começamos nossas tentativas. Em dezembro, exatamente no dia 31, engravidei. Mas não era dessa vez. Em fevereiro sofri um aborto espontâneo. Sentei no banheiro e chorei, chorei por estar sozinha nesse momento tão difícil (meu marido estava viajando), chorei pela perda, chorei pela frustração. Mas não posso dizer que fiquei desolada porque a gravidez ainda não tinha se concretizado na minha cabeça.

Em março começamos tudo de novo e a cada mês que passava e que a menstruação chegava, mais ansiosa eu ficava. Foram incontáveis testes de gravidez. Sim eu sou mega ansiosa, agoniada e neurótica.

Dia 25 de junho o Caio foi concebido. E no dia 08 de julho, 4 dias antes do dia oficial que a menstruação viria e após ter sonhado com minha avó fazendo meu parto (ela era parteira), fiz mais um teste de farmácia e lá estavam as duas listrinhas rosas do resultado positivo. Meu marido estava viajando e a primeira coisa que fiz, lógico, foi ligar para ele e dar a notícia. Como eu disse sou mega ansiosa e não agüentaria esperar ele voltar para contar a novidade. Infelizmente não pude ver a expressão de seu rosto, mas senti a emoção da voz, trêmula de felicidade.
Tive medo de abortar novamente e ter que começar tudo de novo, mas mesmo assim espalhei a notícia para todo mundo.

Os primeiros 3 meses foram horríveis, com enjôo o dia inteiro, todo dia. Comecei a perceber que minha vizinha começava o almoço às 09:00h da manhã e a xinguei muito por isso. E magicamente, assim, de um dia para outro, os enjôos sumiram.

A barriga começou a crescer e eu comecei a curtir a gravidez. Adorei ser paparicada, adorei pegar fila preferencial, adorei fazer o enxoval, escolher o nome, decorar o quarto... Mas não adorei os enjôos, o inchaço e o desconforto pra dormir. Fiquei um pequeno monstrinho de tão inchada que estava. Minha barriga era gigante e sempre tinha que ouvir alguém perguntar se eram gêmeos.

Durante esses 9 meses eu não conseguia me sentir mãe ainda, nem ao menos dizer que amei meu filho desde que foi concebido.

Era ativista do Parto Normal e achava absurdo alguém marcar o parto, até o dia que peguei um resultado de exame alterado, que depois normalizou, mas me deixou sem coragem de esperar pela vontade de nascer do meu filho. Marquei o parto para o dia 06 de março. E tremendo de medo fui para a maternidade. Cada segundo demorava séculos para passar e para piorar o medicou atrasou. Achei horrível a sensação de ser transportada naquela maca e ficava levantando a cabeça o tempo todo pra ver se conseguia ver o mundo da posição vertical. Todos na sala de cirurgia, médicos, enfermeiros, marido, máquinas de fotografar e filmar e claro, eu. Nasceu meu pequeno Caio e naquele instante mágico nasceu junto um novo mundo que a gente iria descobrindo aos poucos. Eu não sabia muito bem o que fazer, o que falar, onde colocar as mãos e a única coisa que eu repetia incessantemente era: meu bichinho, meu bichinho, meu bichinho.
Eu ainda estava confusa com tudo isso e assim como a Debbie, o amor foi surgindo com o tempo. As primeiras semanas foram difíceis, não por não saber cuidar do Caio, mas por toda mudança que ocorreu na minha vida. Eu tinha deixado na maternidade a Marla que trabalhava fora, fazia unhas toda semana, andava sempre maquiada, saía a hora que queria para onde queria, comprava tudo que via pela frente e vivia livre. Quem veio pra casa foi a Marla, mãe do Caio, com peitos vazando de leite, descabelada, com dores da cirurgia, com unha sem fazer e que não trabalhava mais.
Antes mesmo de engravidar decidi que iria parar de trabalhar e ficar com meu filho, pelo menos por um ano. Não ter salário no final do mês e agüentar a rotina de banhos, comida, fraldas, choro, mamadeira, casa; é uma decisão difícil para quem sempre trabalhou. Mas não me arrependo nem por um instante. Amo estar com meu filho, vê-lo crescer, se desenvolver, encaixar pecinhas, sorrir, falar mamamam, dar seus primeiros passinhos, brincar com os cachorros, fazer barulhinho para comer e tudo mais que uma criança nos traz de felicidade.
A maternidade é o clichê do amor eterno e incondicional, e ninguém nunca saberá, nem em sonho, o que é ser mãe até se tornar uma.
O site e-family entrou na minha vida na época ainda de treinante (é como chamam quem está tentando engravidar), mas foi com o grupo mamães de março que virou paixão e vício.
Eu já fazia parte das mamães de março desde o começo, mas dei uma sumida e retornei quando as meninas do Rio estavam combinando um encontro. Eu, metidamente, me convidei para participar. Daí em diante não nos largamos mais.
Participar desse grupo tem sido muito além de uma simples troca de dicas e experiências sobre a maternidade, nós estamos crescendo juntas como mães e descobrindo juntas como ser mãe e mulher. Todas são diferentes nas opiniões, na maneira de encarar a vida, no modo de criar os filhos e é isso que torna tudo tão interessante e sensacional.

Eu jamais imaginei que amizades virtuais pudessem existir e ainda mais, transpor das páginas da internet direto para a nossa casa e nosso coração.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Eu sou a Ana Carolina

... mais conhecida como Caro. Tanto na vida real como na virtual. É um apelido que me persegue desde os 10 anos de idade.


Sou mãe da Gabriela, a bebe mais bisnaguinha do forum. Tenho 32 anos, formada em Comercio exterior e apaixonada pela minha profissão. A maternidade foi algo incomum na minha vida, pois nunca havia planejado, nem sequer querido ser mãe.

Foi após conhecer meu marido que comecei a enxergar a possibilidade de um dia isso acontecer, mas mesmo assim, a dúvida estava sempre presente. Por um lado o instinto materno e o relógio biológico diziam que sim, e do outro lado a liberdade e anos de independência profissional e pessoal me diziam que não.

Na verdade eu tinha muitos medos e receios que bloqueavam o desejo de ser mãe.
Nunca tive contato com bebês e nem crianças, não haviam na familia e até digo que as crianças não gostavam de mim, mas hoje sei que eu mantinha isso como desculpa pra não querer nada relacionado por perto. Eu sempre pensava que não poderia ser mãe - pelo lado fisico, com SOP, e pelo lado emocional, me achava totalmente despreparada para cuidar de um bebe. Não sabia carregar, nunca havia carregado um RN, trocar fraldas. Não era paciente com nada, quiça crianças!.


E numa dessas de - não vou engravidar com SOP - e sem o uso da camisinha, que a Gabriela apareceu. O atraso no ciclo era constante, devido a sindrome, então não me preocupei. Com consulta marcada no ginecolgista e 15 dias de atraso, resolvi fazer um teste de gravidez 'só pra tirar a duvida'. Foi quando me deparei com 2 listras vermelhas e um positivo, que as coisas começaram a mudar. A minha primeira reação foi de choro intenso pois realmente eu não sabia o que iria fazer, como seria. Como boa taurina, a mudança, ainda mais uma mudança como essa, mexe demais com meus nervos!
A primeira mudança aconteceu. No dia seguinte parei de fumar. Um vicio que me perseguia há 16 anos. E foi mais facil do que imaginei!


Após o susto inicial e muitas duvidas na cabeça, inclusive se conseguiria ter um bebe, financeiramente falando, as coisas se normalizaram. Estava em um relacionamento sério, apesar de estarmos juntos há apenas 1 ano, e o desejo dele de ser pai era muito grande e aparente. As familias ficaram muito felizes com a noticia, era o primeiro neto / neta dos dois lados.


A gravidez correu normalmente, apesar da pressão um pouco alta. Me excedi demais no trabalho, sempre fui muito nervosa e intensa e tive medo de algo acontecer. Aí aconteceu a segunda mudança - não me estressava mais por nada, em prol da minha filha. Saí de licença médica após o Carnaval de 2009, pois a pressão já estava 15/11 e o médico disse ser melhor. Esperei 15 dias em casa, descansando como pude. Nesses dias fiquei muito sozinha em casa e os pensamentos voavam.


Confesso, eu tive medo. Muito medo de tudo. E meu medo maior era da Gabriela. Eu tinha medo dela, de não ser boa mãe, de não conseguir dar conta, de deixar cair, de não poder amamentar, de não acordar a noite. Eram muitas minhas inseguranças. Mas isso por que eu sempre coloquei na cabeça que não seria uma boa mãe.


Em uma consulta semanal com o GO, após ele medir a pressão, medir a barriga, ouvimos o coração da Gabi, o GO virou e falou. Malas prontas? Vamos fazer a cesarea amanha? Isso foi numa quinta feira. Eu, gelei. Mesmo. Fiquei desesperada. Mas assim fomos. E no dia 06/03, as 17:12 nasceu a minha pitoca. PIG, 2450 kg e 45 cms. Eu me emocionei muito no parto. Chorei demais. Chorei tanto que não conseguia falar, tanta era a emoção. Me apaixonei de imediato por ela e senti um amor maior que eu jamais tinha sentido. Naquele momento eu tinha certeza de que a felicidade existe e que o amor é maior força do mundo.


A Gabi é um anjo que veio direto do céu pro meu colo. Um bebe super calmo, nunca teve colicas, refluxo, problemas para comer ou se adaptar. Eu tinha mais medo por pura insegurança. Passei o primeiro mes sem dormir a noite, vigiando o sono dela, até me sentir mais segura. Confesso que até hoje eu acordo com qualquer suspiro mais alto. Hoje tenho certeza que uma das missões dela nesse mundo foi ter me transformado na mãe que sou, pois me doo de corpo e alma, sem pensar duas vezes. A minha filha está acima de tudo e todos e por ela sou capaz de morrer.


As mamães de março são um marco em minha vida. Com elas aprendi a ser mãe. Dividi muitos anseios, duvidas, felicidades, magoas e encontrei muitos ombros virtuais. Aprendi também a ser uma pessoa melhor, a ser mais amiga. Pra mim foi fundamental nessa minha maternidade de primeira viagem. E com toda certeza do mundo, são amigas como estas que me fazem ter uma vida mais feliz! AMO!

Eu sou a Ana O........

Publicitária, Paulista, Taurina, Amiga, Teimosa, Fiel e Mãe !

Mãe do João Victor o mais novo loiro do pedaço. O Juju, Jujuca, Gordo, Magrelo, Joãozinho, JV, Jão, esse com tantos apelidos, é a minha grande razão de viver, de existir !

Sou casada há 4 anos, desde o primeiro ano de casado tentamos receber a benção de um filho, foi difícil, mas Deus nos abençoou sem sequer fazer tratamento.

Minha gravidez foi uma grande surpresa (Tinha parado com as tentativas, e tinhamos decidido esperar 2 anos para fazer a FIV), a descobri com 8 semanas, tive alguns problemas no decorrer da Gravidez como placenta prévia e descolamento de plancenta, passei parte da minha gravidez, deitada e em oração. Me lembro de sentir muito medo, mas no fundo, em meio á lágrimas sempre tive a certeza que Deus estava do meu lado e que eu receberia meu pacotinho em breve, lindo e saudável, e assim se concretizou.

Nasci no dia 13/03/2009 junto com meu filho, o que vivi antes tenho guardado com carinho, mas na verdade parece que não consigo lembrar de nada que não seja os últimos 11 meses e 11 dias.
Tinha programado meu parto, uma cesária, para o dia 20/03, porém meu pequeno principe resolveu me dar mais um susto antes de me mostrar seu lindo rostinho.
Na semana antes, uma sexta feira, 13, de tarde chuvosa em São Paulo, muito trânsito, muitas cólicas, muitas contrações, no PS a obstetra de plantão descobre que os batimentos cardiacos do meu grande amor estavam caindo, uma ligação ao meu obstetra e um parto em 40 minutos, Ás 20:30 horas, nasce a minha grande razão de sorrir, de chorar, de viver, pesando 3.470 gr e medindo 50 cm. Um bebezão, lindo, desejado e muito amado.

Não imaginei que um bebe, que um ser tão pequenininho fosse mudar tanto minha vida, mas mudou, hoje vivo em função dele, respiro por ele e faço o possível e o impossível para lhe dar um lar e uma família cheia de amor !

Conheci o grupo no meu período de repouso na gravidez, com elas dividi meus medos, meus segredos, minha alegrias e minhas angústias. Ri, chorei, briguei, amei, discordei, conrcodei, dei dicas, ouvi informações preciosas e me tornei importante na vida dessas mulheres maravilhosas, assim como elas são importantes na minha vida.
Ninguém entende esse amor, essa amizade virtual, mas eu entendo e declaro á vocês, que amo e amo forte as mamães de Março de 2009 !

Eu sou a Thaju



Meu nome é Thalita, a Thaju do fórum, mãe do João Gabriel.


Sou Terapeuta Ocupacional e trabalho com idosos. Nunca tive habilidade com crianças e nem imaginava ter filhos agora.

João Gabriel foi concebido durante a troca do anticoncepcional; segundo a médica: uma possibilidade de um em um milhão!

Uma gravidez surpresa, seguida do nascimento surpresa.

Sou uma das "penetras" do grupo das mamães de março, já que o JG nasceu prematuro em 14 de fevereiro por causa do descolamento da placenta!
Um susto pra mim e pra muitas das meninas que se depararam com o inesperado e a insegurança reais do final de gestação!

Com 47 cm e 2,690 kg, nasceu meu nanico. Magrelinho, comprido,com pés e mãos enormes, era a coisinha mais gostosa que já tinha visto na vida.

Amamentar foi difícil e voltar a trabalhar quando ele tinha 2 meses de vida, foi doloridíssimo.
Hoje com um ano, nem parece que nasceu antes do tempo. Mas ainda me preocupo com o seu desenvolvimento.

É neste grupo virtual que encontro respostas para minhas dúvidas e esquisitices sobre o desenvolvimento dos bebês!
Além de poder dizer o que penso, confio nas mamães de março como se as conhecesse há muitos anos.
Obrigada por fazerem parte da minha vida, pelo apoio e pela força nos momentos difíceis!

Eu sou a Fernanda

Sou uma pessoa feliz, realizada e muito abençoada.......Mãe da Maria Luiza , 31 anos. Deus me presenteou com uma filha e um marido maravilhosos, amo esta família que estamos construindo ....10anos juntos e 7 anos de casados. Não me vejo sem essas duas pessoas( para quem me conheceu antes tão independente e dona de si) Quantas mudanças....mas acho que estou me saindo bem nesse papel. Amamento até hoje, sendo os 6 primeiros meses exclusivos, foi uma gravidez planejada e muito desejada, a maternidade aconteceu de uma forma tranqüila (nunca imaginei que seria assim) eu me transformei completamente....eu nunca tinha pegado um bebê no colo, um mundo totalmente desconhecido para mim. No momento optei por ser mãe 24 h , hoje é o melhor para minha família amanhã será outro dia...


No nosso grupo eu sou conhecida como Juba, e é para as minhas amigas mães de março que eu dedico essa frase de Cecília Meireles.



“Há pessoas que nos falam e nem escutamos, há pessoas que nos ferem e nem cicatrizes deixam. Mas há pessoas que simplesmente aparecem em nossa vida e nos marcam para sempre.”


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Eu sou a Ana Paula


Eu sou a Ana Paula, mas prefiro ser chamada apenas de Paula. Sou advogada há cerca de 3 de três anos e atualmente trabalho mais em casa do que no escritório para me dedicar ao meu filho João Marcelo.
Quando descobri a gravidez no dia 26 de Junho de 2008 eu estava indo para a minha aula na pós graduação, quando me dei conta que estava a muitos dias passando mal com enjôos, que para mim eram derivados de problemas estomacais e resolvi ir ao hospital.

Algum tempo depois de ser medicada fui avisada por uma enfermeira de que eu estava MUITO GRÁVIDA! Naquele momento meu mundo desabou momentaneamente, vez que estava me separando do meu atual marido e estava cheia de planos, inclusive de retornar de férias àEuropa.
Meu marido ficou espantado, mas disse que deveríamos confirmar através de uma ultrassonografia, afinal nossa ficha ainda não havia caído. Quando a médica que fez o exame, nos deu os parabéns pelo bebê que ainda era do tamanho de um pequeno caroço de feijão ficamos assustados, e finalmente a ficha caiu! Era verdade eu estava grávida de provavelmente 8/9 semanas!
Eu não sabia que seria assim, mas após ouvirmos o coraçãozinho do João Marcelo batendo forte e ligeiro, sim, eu me apaixonei por ele, mesmo sem saber como seriam as coisas. Nada mais importava, apenas queria que aquele bebê fosse saudável e viesse ao mundo para ser muito feliz.

Fui abençoada por uma gravidez maravilhosa, engordei apenas 6 kg e o único sintoma ruim foram os enjôos que perduraram até o dia do parto.

Meu João Marcelo estava previsto para o dia 10 de Março, mas preguiçoso que só ele, tivemos que induzir o parto através de uma medicação, pois eu estava há 1 semana perdendo líquido e ele crescia pouco nesse final da gestação, o famoso bebê PIG ( pequeno para a idade gestacional).

A princípio meu parto seria normal, mas após algumas horas de trabalho de parto sem muito progresso na dilatação e indicação da médica, acabei optando pela cesárea e meu maior tesouro nasceu no dia 12 de Março com apagar 9/10, pesando cerca de 2.745 e medindo 46 cm.

No início o parto cesárea me deixou frustrada e triste, mas hoje já não sinto mais mágoas em relação a isso, mas ainda sonho que meu próximo filho nasça de um lindo e doloroso parto normal.

Me sinto forte por ter conseguido amamentar meu filho quase que exclusivamente por 6 ( seis) meses e ainda amamento 11 meses após o seu nascimento. A amamentação para mim constituiu um elo forte entre a gente e que eu ainda não consigo pensar em romper, devido aos seus benefícios, pois creio que a amamentação fez com que meu bebê desenvolve-se saudável.
Eu conheci o Fórum Mamães de Março de 2009, quando eu já estava grávida e buscava com ânsia informações sobre saúde do bebê, gravidez e enxoval. Sou eternamente agradecida por ter conhecido mulheres tão especiais, com quem posso dividir todas as dificuldades e felicidades provindas da maternidade.
Não sei como explicar direito, mas me sinto próxima e amiga de todas essas mãezinhas e amo de coração TODOS os bebês. Com elas já ri, chorei e muitas vezes torci pela felicidade de cada uma.
Hoje posso dizer que sou PLENAMENTE feliz, e nunca em minha vida havia experimentei essa sensação de amor tão grande que vive em meu coração. O meu filho, o Juju é o meu melhor presente de deus na minha vida e é conhecido pela turma do fórum como dorminhoco e comilão.

Sou a Dani!

Danielle, 27 anos, catarinense. Sou servidora pública por acaso, formada  em Gestão Pública por acaso e  mãe da Isadora por opção. Esse sim é meu ofício preferido.
Até ela nascer, vivia em eterna crise existencial. De onde vim? Para que estou aqui? Para onde vou? Agora sei que vim dos planos de Deus, pra ser a mãe dela e vou... bem, não sei, mas aonde eu for, estarei com meu coração voltado a ela. Ela, a melhor parte de mim.
Isadora foi extremamente planejada. Até a provável data do parto planejei antes de concebê-la. Mas a guriazinha se mostrou geniosa desde o início e resolveu chegar 2 semanas antes do esperado, no dia 11 de março de 2009, às 19:45 h. 17 horas de trabalho de parto até que pudesse conhecer aquele rostinho miúdo que não se parecia com ninguém. Uma pigzinha de 2670 g e 45 cm que tomou conta da minha vida.
Amamentar foi mais difícil que parir. Mas a maternidade nos torna fortes... Optei por um Parto Normal e pela Amamentação Exclusiva até 6 meses. Mas essas foram as MINHAS escolhas. Sou contra qualquer radicalismo e a favor do bem estar da mãe, que reflete no bem estar do filho. 
Como filha do meio, aprendi a usar o bom humor pra chamar atenção. Sim, pois é comprovado que filhos do meio são mais engraçados. Pra superar a responsabilidade sisuda do filho mais velho e as gracinhas cuti-cuti do caçula, o filho do meio se vê obrigado a utilizar as ferramentas mais bizarras pra ser notado. Assim, tornam-se bons palhaços. 
Mas palhaços também choram e foi num desses momentos de volubilidade emocional que percebi o que aquelas mulheres significavam na minha vida. Uma união, uma força... Inexplicável. Um grupo de mães que poderiam ter em comum apenas as datas de nascimento dos filhos num mesmo mês. 
Mas elas são muito mais que isso. Os papos ultrapassaram as barreiras das fraldas e mamadeiras e a amizade extrapolou para além do monitor. É um compromisso que temos, passar sempre que possível pra dar notícias, dividir problemas, desabafar as angústias e multiplicar nossas alegrias por esse Brasil que ficou pequeno pra nós. 
Grande, agora, só o meu amor por vocês, que orgulhosamente chamo de amigas!

Eu sou a Pierina

Sim , isso mesmo voce não leu errado, meu nome é Pierina tenho 34 anos,casada,sou mãe de uma linda garota com 10 anos que é a Letícia , e mãe do Vinícius que esta com 11 meses.São minhas maiores riquezas,e completando o conjunto  meu esposo que é um grande parceiro.Vou contar  pra voces da gestação do Vinícius :
Ele não foi planejado, mas muito amado desde o primeiro momento que ficamos sabendo  dessa sementinha....Ocorreu um misto de emoções e preocupações , pois eu tinha tomado a vacina da rubéola, ficamos muito preocupados com oque viria pela frente.Fizemos 2 ultra morfológico e ele estava perfeitinho graças ao nosso Pai. Minha gravidez apesar de não ter sido planejada foi a mais bem preparada,pudemos acompanhar tudo e eu  consegui sentir ele mexer bem no comecinho... lembro como se fosse agora "aquelas borboletinhas batendo asas na barriga"...era ele!
Tive algumas intercorrências  na gestação do meu príncipe como uma pneumonia,e no final uma labirintide oque fez adiantar 2 semanas da sua vinda ao mundo.
No dia 20 de março  lá estava eu as oito da manhã com meu lindo" pucutuco" carinhosamente apelidado pela sua tata quo ama e vice versa!
Foi muito emocionante e muito bem vivida a minha gestação,e devo em muitas partes graças a essas mamães de março que hoje sem duvida são minha  família!  Aproveito o ensejo para agradecer primeiramente a Deus e depois a todas as mães de março,  que a vida me propos um jardim florido cheinho de mamães e seus botões desabrochando pra vida!!!!