quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Eu sou a Ana Carolina

... mais conhecida como Caro. Tanto na vida real como na virtual. É um apelido que me persegue desde os 10 anos de idade.


Sou mãe da Gabriela, a bebe mais bisnaguinha do forum. Tenho 32 anos, formada em Comercio exterior e apaixonada pela minha profissão. A maternidade foi algo incomum na minha vida, pois nunca havia planejado, nem sequer querido ser mãe.

Foi após conhecer meu marido que comecei a enxergar a possibilidade de um dia isso acontecer, mas mesmo assim, a dúvida estava sempre presente. Por um lado o instinto materno e o relógio biológico diziam que sim, e do outro lado a liberdade e anos de independência profissional e pessoal me diziam que não.

Na verdade eu tinha muitos medos e receios que bloqueavam o desejo de ser mãe.
Nunca tive contato com bebês e nem crianças, não haviam na familia e até digo que as crianças não gostavam de mim, mas hoje sei que eu mantinha isso como desculpa pra não querer nada relacionado por perto. Eu sempre pensava que não poderia ser mãe - pelo lado fisico, com SOP, e pelo lado emocional, me achava totalmente despreparada para cuidar de um bebe. Não sabia carregar, nunca havia carregado um RN, trocar fraldas. Não era paciente com nada, quiça crianças!.


E numa dessas de - não vou engravidar com SOP - e sem o uso da camisinha, que a Gabriela apareceu. O atraso no ciclo era constante, devido a sindrome, então não me preocupei. Com consulta marcada no ginecolgista e 15 dias de atraso, resolvi fazer um teste de gravidez 'só pra tirar a duvida'. Foi quando me deparei com 2 listras vermelhas e um positivo, que as coisas começaram a mudar. A minha primeira reação foi de choro intenso pois realmente eu não sabia o que iria fazer, como seria. Como boa taurina, a mudança, ainda mais uma mudança como essa, mexe demais com meus nervos!
A primeira mudança aconteceu. No dia seguinte parei de fumar. Um vicio que me perseguia há 16 anos. E foi mais facil do que imaginei!


Após o susto inicial e muitas duvidas na cabeça, inclusive se conseguiria ter um bebe, financeiramente falando, as coisas se normalizaram. Estava em um relacionamento sério, apesar de estarmos juntos há apenas 1 ano, e o desejo dele de ser pai era muito grande e aparente. As familias ficaram muito felizes com a noticia, era o primeiro neto / neta dos dois lados.


A gravidez correu normalmente, apesar da pressão um pouco alta. Me excedi demais no trabalho, sempre fui muito nervosa e intensa e tive medo de algo acontecer. Aí aconteceu a segunda mudança - não me estressava mais por nada, em prol da minha filha. Saí de licença médica após o Carnaval de 2009, pois a pressão já estava 15/11 e o médico disse ser melhor. Esperei 15 dias em casa, descansando como pude. Nesses dias fiquei muito sozinha em casa e os pensamentos voavam.


Confesso, eu tive medo. Muito medo de tudo. E meu medo maior era da Gabriela. Eu tinha medo dela, de não ser boa mãe, de não conseguir dar conta, de deixar cair, de não poder amamentar, de não acordar a noite. Eram muitas minhas inseguranças. Mas isso por que eu sempre coloquei na cabeça que não seria uma boa mãe.


Em uma consulta semanal com o GO, após ele medir a pressão, medir a barriga, ouvimos o coração da Gabi, o GO virou e falou. Malas prontas? Vamos fazer a cesarea amanha? Isso foi numa quinta feira. Eu, gelei. Mesmo. Fiquei desesperada. Mas assim fomos. E no dia 06/03, as 17:12 nasceu a minha pitoca. PIG, 2450 kg e 45 cms. Eu me emocionei muito no parto. Chorei demais. Chorei tanto que não conseguia falar, tanta era a emoção. Me apaixonei de imediato por ela e senti um amor maior que eu jamais tinha sentido. Naquele momento eu tinha certeza de que a felicidade existe e que o amor é maior força do mundo.


A Gabi é um anjo que veio direto do céu pro meu colo. Um bebe super calmo, nunca teve colicas, refluxo, problemas para comer ou se adaptar. Eu tinha mais medo por pura insegurança. Passei o primeiro mes sem dormir a noite, vigiando o sono dela, até me sentir mais segura. Confesso que até hoje eu acordo com qualquer suspiro mais alto. Hoje tenho certeza que uma das missões dela nesse mundo foi ter me transformado na mãe que sou, pois me doo de corpo e alma, sem pensar duas vezes. A minha filha está acima de tudo e todos e por ela sou capaz de morrer.


As mamães de março são um marco em minha vida. Com elas aprendi a ser mãe. Dividi muitos anseios, duvidas, felicidades, magoas e encontrei muitos ombros virtuais. Aprendi também a ser uma pessoa melhor, a ser mais amiga. Pra mim foi fundamental nessa minha maternidade de primeira viagem. E com toda certeza do mundo, são amigas como estas que me fazem ter uma vida mais feliz! AMO!

6 comentários:

  1. Amiga, não sabia que vc fumava e parou depois de grávida!!! A Gabizinha veio pra fazer milagres!!! Bjs!Te adoro!

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  2. Me arrepiei Caro!!!
    Amo muito tambem... Beijos...

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  3. Conhecer um tiquinho a mais de cada mulher desse fórum... Essas apresentações estão sendo o máximo!!!
    Beijos Caro!

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  4. putz caro, temos varios pontos em comum, kk, tirando o cigarro....
    adorei a foto...(outro ponto em comum, não temos foto!!!!!!!!!!!!!!!!)

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  5. Amiga linda !!! Você é uma das mamães de março que mais amo! Adoro seu jeitinho, suas dicas, seu estilo de vida, enfim tudo!! E adorei conhecer um pouquinho mais da sua história!! Beijos!

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  6. Amei, queridona. Me emocionei, e consegui te conhecer um pouquinho mais!
    Bjs

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